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CIRURGIA LAPAROSCÓPICA UROLÓGICA

Se nós falarmos de 3 grandes inovações no campo da cirurgia, que a levaram ao estágio em que se encontra hoje, devemos citar a antissepsia, a anestesia e a cirurgia minimamente invasiva. Em relação a esta última inovação, a união da tecnologia e da técnica cirúrgica abriu um novo mundo de possibilidades para o tratamento das mais variadas doenças, onde a laparoscopia se destaca.

Laparoscopia é uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia aberta, na qual uma câmera é utilizada para a visibilização da cavidade abdominal e pequenas incisões são realizadas no abdome, por onde são introduzidos instrumentais cirúrgicos longos e de pequeno diâmetro, evitando grandes aberturas abdominais.

As cirurgias laparoscópicas permitem, portanto, tratamento menos invasivo para inúmeras doenças que antes eram tratadas com grandes incisões, incluindo neoplasias como câncer do rim e próstata, proporcionando uma recuperação com menos dor, menor tempo de internação, menor perda sanguínea e retorno mais rápido às atividades cotidianas

NEFRECTOMIA TOTAL

A retirada do rim por laparoscopia pode ser realizada para quase todas as condições que necessitam da retirada do órgão, como câncer e atrofia renal por qualquer causa.

São procedimentos com duração variada, dependendo principalmente do tipo de doença a ser tratada e de fatores relacionados ao paciente, como obesidade e cirurgias abdominais prévias. Aquele que se submete a nefrectomia por via laparoscópica tem, como benefícios em relação a cirurgia aberta, incisões pequenas, menor perda de sangue, menos dor pós-operatória, menor tempo de internação, retorno mais rápido às atividades diárias e, do ponto de vista cosmético, produz cicatrizes menores e evita a assimetria abdominal por flacidez ou hérnias de incisões maiores

Após o procedimento, em geral, o paciente permanece 1 ou 2 dias internado e recebe alta com independência para realizar suas atividades pessoais, com exceção de esforço físico.

NEFRECTOMIA PARCIAL

Nos últimos anos, os dados científicos mostraram que a retirada apenas dos tumores renais, preservando o restante do órgão sadio, tem a mesma chance de cura de quando se retira todo o rim. Dessa forma, a nefrectomia parcial tornou-se o “padrão ouro” para o tratamento do câncer renal. Tumores muito grandes ainda necessitam da nefrectomia total.

A nefrectomia parcial também pode ser feita por via laparoscópica, assim como a nefrectomia total. Contudo, tem grau de dificuldade técnica bem maior.

Quando feita por via laparoscópica, traz os seguintes benefícios:

  • Menos dor pós-operatória
  • Menor perda sanguínea e menor risco de necessitar transfusão de sangue
  • Menor tempo de internação
  • Retorno mais rápido às atividades cotidianas e ao trabalho
  • Muito menos riscos relacionados a grandes incisões abdominais (hérnias, infecções)
  • Fator cosmético muito melhorado.

Após o procedimento, são 2 dias de internação, em média. Após a alta hospitalar, o paciente tem liberdade para realizar suas atividades cotidianas, mas sem esforço físico.

PIELOPLASTIA

Esse procedimento é utilizado para tratar o estreitamento da junção ureteropiélica, ou seja, a obstrução à saída de urina do rim. Tal condição, se não tratada, leva à perda do órgão.

Há muitos anos, a via laparoscópica é o “padrão ouro” para seu tratamento. São feitas 3 ou 4 pequenas incisões no abdome, utilizadas para passagem do instrumental cirúrgico. Tem duração média de 2 horas e tempo médio de internação de 2 dias. Em relação à cirurgia aberta, o paciente experimenta todos os benefícios da via laparoscópica:


  • Menos dor pós-operatória
  • Menor perda sanguínea e menor risco de necessitar transfusão de sangue
  • Menor tempo de internação
  • Retorno mais rápido às atividades cotidianas e ao trabalho
  • Muito menos riscos relacionados a grandes incisões abdominais (hérnias, infecções)
  • Fator cosmético muito melhorado.

ADRENALECTOMIA

As adrenais são glândulas que se situam junto da parte superior de ambos rins. Algumas doenças destas glândulas têm tratamento cirúrgico, como tumores benignos hipersecretores de hormônios e neoplasias malignas.

A via laparoscópica e a preferida para tratamento cirúrgico das doenças adrenais há vários anos, de forma que não é oferecida aos pacientes em casos de neoplasias muito grandes com suspeita de malignidade ou em serviços onde não haja médico habilitado para faze-la. São realizadas 3 ou 4 pequenas incisões no abdome, por onde são passados a câmera e os demais instrumentos cirúrgicos laparoscópicos. O tempo de cirurgia depende de alguns fatores, como o tamanho da lesão a ser tratada. Em média, tem duração de 2 horas. Muitos pacientes podem receber alta no dia seguinte ao procedimento, já com independência para realizar a maioria das suas atividades diárias, com exceção a esforço físico

Os benefícios de ser submetido a essa cirurgia por via laparoscópica, em relação a via aberta, são:

  • Menos dor pós-operatória
  • Menor perda sanguínea e menor risco de necessitar transfusão de sangue
  • Menor tempo de internação
  • Retorno mais rápido às atividades cotidianas e ao trabalho
  • Muito menos riscos relacionados a grandes incisões abdominais (hérnias, infecções)
  • Fator cosmético muito melhorado.

Após o procedimento, são 2 dias de internação, em média. Após a alta hospitalar, o paciente tem liberdade para realizar suas atividades cotidianas, mas sem esforço físico.

OUTROS PROCEDIMENTOS LAPAROSCÓPICOS

Inúmeros outros procedimentos urológicos podem ser realizados por via laparoscópica. Geralmente são procedimentos menos comuns. Além dos citados abaixo, hoje, quase todas as cirurgias abdominais relacionadas ao sistema genitourinário podem ser feitas por essa via.

Prostatectomia radical

Utilizada para tratamento do câncer de próstata; consiste na retirada de toda essa estrutura, através de 4 ou 5 pequenas incisões na parte inferior do abdome. Geralmente, dura 3 horas e o tempo de internação gira em torno de 2 dias. Nos últimos anos, existe uma grande tendência à realização deste procedimento com auxílio do robô, ficando a via laparoscópica pura reservada para locais onde haja médico habilitado a fazê-la, mas que não tenha o dispositivo robótico à sua disposição

Prostatectomia para doença prostática benigna

Trata-se do procedimento para retirada da porção da próstata que aumenta com a idade e obstrui a bexiga. Este procedimento é feito tradicionalmente por via aberta em próstatas maiores e por via endoscópica (pela uretra) em próstata de tamanhos não muito grandes. A via laparoscópica é, portanto, realizada em poucos serviços.

Nefrectomia do doador de rim para transplante

Em situações em que um parente apresenta insuficiência renal, com necessidade de diálise, uma pessoa pode ser candidata a doação de um de seus rins. Nesse caso, a retirada deste rim para doação pode ser feita por via laparoscópica. Há os benefícios desta via de cirurgia, como menor dor pós-operatória, retorno mais rápido às atividades, menor tempo de internação e aspecto cosmético melhor

Cistectomia

A retirada da bexiga é necessária, na maioria das vezes, em decorrência de câncer deste órgão. Trata-se de procedimento complexo, de grande porte, realizado historicamente (e, ainda hoje, na grande maioria dos serviços de Urologia) por via aberta. Contudo, alguns serviços ao redor do mundo têm desenvolvido a via laparoscópica para realização desta cirurgia. Há os benefícios já citados acima, como menos dor, menor sangramento, retorno mais rápido às suas atividades.

Linfadenectomia retroperitoneal

É utilizada para retirada de linfonodos ao redor dos grandes vasos abdominais (veia cava e artéria aorta), que podem surgir no curso de um câncer de testículo, por exemplo. Procedimento de alta complexidade, realizado de forma rotineira apenas em poucos serviços ao redor do mundo.

Linfadenectomia pélvica

Utilizada para retirada dos linfonodos ao redor dos vasos pélvicos, local de metástases de câncer de próstata, bexiga e pênis. Pode ser realizada em conjunto com a retirada da próstata ou bexiga, ou de forma isolada em casos de câncer de pênis ou resgate em recidiva de câncer de próstata.

Ureteroplastia

Procedimento usado para tratar os estreitamentos do ureter, que podem ter inúmeras causas, como tratamento de cálculos, tumores, cirurgias prévias. Retira-se a porção estreitada do ureter e “junta-se” as duas extremidades desta estrutura tubular. Geralmente procedimento de duas horas, aproximadamente, com 1 a 2 dias de internação.

Reimplante ureteral

Procedimento realizado em poucos centros, em virtude de ser incomum. Utilizado para tratar estreitamentos da porção do ureter próxima da bexiga e em casos de refluxo de urina da bexiga para os rins. É realizada a retirada do ureter da bexiga, com sua recolocação em outro local, com confecção de um mecanismo anti-refluxo de urina.